Para Barbosa, TCU comete recorrentes ilegalidades
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13 Jun 2013
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Presidente do STF ironiza Corte após concessão de auxílio-alimentação
BRASÍLIA
O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), Joaquim Barbosa, criticou o Tribunal de Contas da União
(TCU) em razão da liberação de pagamentos retroativos de
auxílio-alimentação, inclusive aos próprios ministros do TCU. Primeiro,
Barbosa ironizou e disse que o TCU existe para autorizar benefícios como
esse. Depois, o presidente do STF apontou recorrentes "ilegalidades" e
"inconstitucionalidades" por parte do tribunal.
As
críticas foram feitas durante a votação da liminar que suspendia o
pagamento do auxílio retroativo em Tribunais de Justiça de oito estados,
em sessão plenária do CNJ na última terça-feira. Por oito votos a
cinco, o CNJ derrubou a liminar e liberou os depósitos retroativos nos
oito tribunais, que gastarão R$ 101 milhões.
Barbosa
considera os pagamentos ilegais. Ele afirmou que porá em votação no
próximo semestre, já com uma nova composição do CNJ, proposta para
derrubar a resolução do colegiado que permitiu o pagamento do auxílio a
juízes.
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Parece que foi o Tribunal de Contas que mandou pagar ou instigou o
pagamento. É para isso que serve o Tribunal de Contas - ironizou Joaquim
durante a votação da liminar.
Quando os conselheiros discutiam se a resolução do CNJ era constitucional ou não, o presidente do STF voltou a criticar o TCU:
-
Normalmente, esse tipo de argumento é utilizado fazendo-se uso do
Tribunal de Contas da União. "Ah, paguei porque o tribunal disse que é
legal." Só que o Tribunal de Contas da União, nós sabemos, incorre, com
muita frequência, em ilegalidades e inconstitucionalidades. Depende da
conveniência.
O
presidente em exercício do TCU, ministro Aroldo Cedraz, informou que
não vai comentar as declarações de Joaquim. Os ministros relatores dos
acórdãos que permitiram os pagamentos retroativos no Judiciário e no TCU
- Walton Alencar, Valmir Campelo, José Múcio e André Luis - não
quiseram conversar com O GLOBO sobre o assunto. Reservadamente, eles
comentaram com colegas que os integrantes do TCU foram os últimos a
receber o benefício. Para o ministro Raimundo Carreiro, os pagamentos
são legais. O ministro José Jorge foi o único que falou mais abertamente
sobre as críticas do presidente do STF:
-
Todo mundo que toma uma decisão vai gerar um fato que pode ser
considerado ilegal ou inconstitucional. Aqui não é diferente. O CNJ foi o
primeiro a tomar decisões sobre o auxílio-alimentação. As outras
decisões vieram depois.
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quinta-feira, 13 de junho de 2013
"TCU comete recorrentes ilegalidades"
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