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Nota das oposições
Os partidos de oposição ao governo federal – Democratas, PPS e PSDB –
estão firmemente empenhados em buscar soluções e respostas para os
problemas e anseios que os brasileiros têm manifestado nas ruas, de
forma democrática e pacífica.
Por esta razão, ofereceram ao amplo debate uma agenda propositiva, que
há tempos defende, com medidas práticas e factíveis de curtíssimo prazo,
nos campos do imprescindível combate à corrupção, ampliação da
transparência na área pública e fortalecimento das políticas nacionais
de saúde, segurança, educação, infraestrutura e combate à inflação.
Os partidos de oposição denunciam e condenam a estratégia do governo
federal de, ao ver derrotada a tentativa golpista de uma constituinte
restrita, buscar, agora, multiplicar a polêmica em torno da realização
de plebiscito sobre a reforma política. Se tivesse, de fato, desejado
tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria,
nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o
aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro.
Somos favoráveis à consulta popular. Mas não sob a forma plebiscitária
do sim ou não. Legislação complexa, como a da reforma política, exige
maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar.
A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra
diversionista, destinada a encobrir a incapacidade do governo de
responder às cobranças dos brasileiros, criando subterfúgio para
deslocar a discussão dos problemas reais do país. Tudo isso se dá
enquanto se agrava o cenário econômico, com recrudescimento da inflação,
pífio crescimento e acelerada perda de credibilidade do governo aos
olhos dos brasileiros e do mundo.
As oposições registram que continuarão debatendo, como sempre fizeram,
as questões que interessam aos brasileiros. Jamais faremos oposição ao
País.
Brasília, 27 de junho de 2013
Aécio Neves – Presidente nacional do PSDB
José Agripino – Presidente nacional do Democratas
Roberto Freire – Presidente nacional do PPS
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