Apreensão de explosivos evita prejuízo de R$ 52 milhões e explosões de 520 caixas eletrônicos
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02 Jul 2013
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Um
prejuízo de R$ 52 milhões foi evitado às instituições financeiras com a
apreensão de 104 artefatos explosivos pela Polícia Judiciária Civil de
Mato Grosso, em seis meses de investigações da Gerência de Combate ao
Crime Organizado (GCCO), na semana passada. O explosivo, equivalente a
208 quilos aproximados, tem capacidade de destruição de 520 caixas
eletrônicos e mais de 500 muros de presídios, além de vários
carros-fortes.
Os
artefatos explosivos foram furtados de uma empresa de cimentos, no dia
17 de janeiro, em Nobres (146 km a Médio-Norte), por um funcionário
preso na semana passada pelo GCCO, com apoio de policiais da Delegacia
da Polícia Civil do município. Com o material também foi apreendido um
rolo de cordel detonador.
Na
ocasião, 9 caixas com 12 bananas de emulsão explosivas, totalizando 108
unidades, foram furtadas pelo agora ex-funcionário, Allackis Wilson
Nunes Lima, 23 anos, conhecido também como “Pastelão”. Do total de
explosivos subtraídos, 4 não foram recuperados. Segundo o suspeito,
teriam sido repassadas a uma pessoa conhecida por "Branco", que já está
presa por outro crime na região de Nobres.
O
delegado chefe do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, informou que a
Gerência realiza constante monitoramento de quadrilhas que utilizam
explosivos para violar caixas eletrônicos, carros-fortes e também muros
de penitenciária, como aconteceu em 20 de agosto de 2012, quando parte
do muro da Penitenciária Central do Estado foi explodido. “As
investigações são permanentes, visto que essas quadrilhas, embora tenha
diminuído sua atuação aqui em Mato Grosso, têm ultrapassado as
fronteiras do Estado para agir em outras unidades da federação”,
destacou.
Para
Stringueta, a maior preocupação da polícia era com o aumento de
explosões de caixas eletrônicos, o que não ocorreu, pois o suspeito não
sabia como colocar no “mercado negro” os explosivos e nem tinha contato
com criminosos do ramo. Caso tivesse sido utilizado à destruição seriam
enorme e o prejuízo na casa dos milhões. “Cada uma dessas unidades
explosivas teria condição de ser utilizada em até cinco caixas
eletrônicos, se bem utilizada”, disse.
Conforme
o delegado, toda investigação de crime patrimonial há uma estimativa de
prejuízo causado com a ação criminosa, a exemplo de um terminal
bancário que quando explodido causa danos também no prédio. “A partir
disso fizemos levantamento, que se fosse bem utilizado esses explosivos,
por pessoas que soubesse manusear bem, poderia causar prejuízo de até
R$ 52 milhões”, destacou.
O
Exército Brasileiro informou que o poder de destruição das bananas de
emulsão explosivas é muito alto, devido ao grande impacto que provoca
com o deslocamento de ar, capaz de devastar tudo o que estiver próximo.
Conforme
o Exército, 104 explosivos quando utilizados por especialistas pode ser
fracionado em cinco partes, com poder de destruição de um caixa de
autoatedimento, que segundo informações dos bancos podem ser abastecidos
de 100 a 150 mil reais.
Os
artefatos apreendidos têm cerca de 2 quilos, 60 cm de comprimento e 6
de diâmetros. Os explosivos são utilizados em mineradoras, pedreiras e
construção civil.
O
material já foi encaminhado ao Exército Brasileiro, responsável pela
fiscalização aos locais que armazenam artefatos explosivos.
Dados
Em
2013, a Polícia Judiciária Civil registrou 10 ataques a caixas
eletrônicos nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande (2), Santo Antônio
do Leste, Itaúba, Denise, Diamantino (2), São José do Rio Claro e Alto
Paraguai. Apenas quatro foram consumados, mas todos sofreram destruição
tanto no terminal quanto na estrutura do prédio das agências.
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terça-feira, 2 de julho de 2013
Polícia como parte em vez de solução de problemas
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