sexta-feira, 26 de julho de 2013

Exército legislando contra a Constituição--tudo é possível na "democracia" brasileira

Impasse na segurança: JMJ decidirá nesta sexta-feira quem comandará operação em Copacabana
26 Jul 2013

Rio de Janeiro

 

Pelas reuniões desta quinta-feira, o mais provável é que o Exército coordene a operação no fim de semana. Na madrugada desta sexta, começa desmonte do Campus Fidei

Cecília Ritto, do Rio de Janeiro


A equipe da segurança da Jornada Mundial da Juventude passou o dia a portas fechadas, entrando e saindo de reuniões para definir o rumo da segurança do evento. Com a decisão da Igreja de realizar a missa final em Copacabana, e não mais em Guaratiba, onde o terreno encharcado não suportaria a multidão de fiéis, uma das questões centrais é quem vai assumir a tarefa de patrulhar e assegurar a tranquilidade no bairro. A divisão anterior era de que o Ministério da Justiça, através da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, assumiria a segurança dos eventos em Copacabana, e o Ministério da Defesa, com o Exército, coordenaria a área de Guaratiba. A tendência é de que os militares estejam no comando de toda a operação no fim de semana.
O Exército havia informado que barraria os grupos organizados e os mascarados em Guaratiba. Agora, um novo esquema terá de ser montado. O terreno anterior estava dividido em 32 lotes, por onde militares do Exército, da polícia e da Força de Segurança Nacional se deslocariam. E, sob o comando do general Abreu, os homens percorreriam os 13 quilômetros pelos quais os peregrinos caminhariam até chegar ao Campus Fidei.
Os militares terão poder de polícia, se continuarem no comando da operação do fim de semana. Isso dá a eles a atribuição de fazer revistas e de prender as pessoas. Outro ponto sensível da troca de lugares é a onda de manifestações. Em Guaratiba, o Exército apostava na distância e no respeito às Forças Armadas. Em Copacabana, a distância, pelo menos, deixa de ser motivo para não haver protesto.
Após a mudança de lugar, há muito que se definir, desde as transferências da montagem de praças de alimentações e banheiros químicos, esquema de transporte, fechamento de um dos bairros mais movimentados do Rio por pelo menos 36 horas e a segurança. Representantes da prefeitura estão reunidos na noite desta quinta-feira para definir o novo planejamento, que será apresentado às 11 horas de sexta-feira em uma entrevista coletiva. Uma das questões discutidas é sobre o tíquete alimentação dos peregrinos, que se alimentariam dentro do campus Fidei. Enquanto a prefeitura, os ministérios e a Igreja pensam na forma mais ágil de fazer as mudanças, a estrutura montada em Guaratiba começa, na madruga desta sexta, a ser desmontada.

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