Exército vai barrar manifestantes na missa do papa em Guaratiba
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12 Jul 2013
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ReligiãoMilitares vão usar armas letais e não letais nos acessos ao Campus Fidei e avisam que, se necessário, poderão prender manifestantes que insistirem em usar cartazes ou gritarem palavras de ordem diante do papaCecília Ritto, do Rio de Janeiro
Responsável
pela segurança interna da área onde será montado o Campus Fidei (Campo
da Fé), em Guaratiba, o Exército Brasileiro terá também a missão de agir
em caso de manifestações que atrapalhem a vigília na missa de
encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013). Em entrevista
ao site de VEJA, o general José Alberto da Costa Abreu, comandante da 1ª
Divisão do Exército e coordenador de defesa de área da JMJ, afirmou que
quem tentar promover qualquer mobilização no espaço sob o controle das
Forças Armadas será “convidado a se retirar”. Em bom português, expulso
do evento e, dependendo do caso, até mesmo preso.
“Isso
(levantar cartaz) não será permitido, nós vamos retirar esse pessoal e
eventualmente prendê-los por desacato. Vamos convidar que se retirem
porque lá não é local de se manifestar. Temos que ter educação nessa
hora e saber respeitar a personalidade mundial que é o papa. Pedimos que
a população colabore”, afirma o general Abreu. O Exército, que atuará
dentro do Campus Fidei, onde o papa celebrará a missa para 2 milhões de
fiéis, terá apoio da polícia. A partir do momento em que um militar do
Exército, que terá poder de polícia, der uma ordem de prisão, o detido
será encaminhado por um policial à delegacia móvel montada atrás do
palco. “Temos uma missão a cumprir: não permitir que o papa e o evento
sejam prejudicados”, diz o general Abreu.
Antes
de as manifestações se espalharem pelo país, as Forças Armadas já
trabalhavam com a possibilidade de alguma mobilização em Guaratiba de
grupos favoráveis ao aborto ou ao uso de preservativos, por exemplo.
Mas, segundo Abreu, qualquer ato não deve ser de grandes proporções por
dois motivos: a distância do local em relação a outros pontos da cidade e
o "respeito às Forças Armadas". “As pessoas sabem que as Forças Armadas
estão fazendo a segurança de Guaratiba. É diferente. Eles respeitam as
Forças Armadas”, defende.
Controle
- A segurança feita pelo Exército tentará barrar os manifestantes antes
de eles chegarem ao terreno onde estará o papa. A organização da JMJ
vai fechar os acessos para os veículos chegarem ao Campus Fidei, o que
obrigará os peregrinos a caminharem 13 quilômetros. Ao longo desse
percurso e nos pontos em que ônibus e carros não poderão mais seguir em
frente estarão cerca de 4 000 militares. Grupos organizados, que não
sejam peregrinos, ou mascarados, serão vetados nos acessos ou no caminho
a ser feito a pé. “Se os manifestantes chegarem ostensivamente, não
passarão”, afirma o general. “Trabalharemos em cima de inteligência,
percebendo as pessoas com atitudes hostis ou suspeitas. Ou seja, será
uma ação preventiva. Se passarem e se infiltrarem, agiremos dentro dos
limites da lei e, se preciso, usaremos a força”, acrescenta.
Dentro
do Campus Fidei, em caso de um protesto intenso ou espalhado pela área,
duas tropas, que ficarão de prontidão, poderão ser acionadas: o
batalhão de Choque da Polícia Militar, com 100 PMs, e o Batalhão de
Guarda, com 500 militares. Dentro do campus, o Exército não estará com
armamento – nem não letal. Apenas os sargentos e oficiais estarão
equipados. Já o Choque e o Batalhão de Guarda, se chamados, chegarão com
granada de som e luz, gás lacrimogênio, spray de pimenta e bala de
borracha. Do lado de fora, todos estarão municiados com os dois tipos de
armamento.
Em
todo o perímetro dos dois terrenos haverá duas linhas de proteção
compostas pela Brigada Paraquedista fazendo contenção e bloqueio. Na
parte interna será montado um centro de comando e controle do Exército,
também atrás do palco, perto da delegacia, de onde os militares poderão
ter acesso às imagens das 94 torres de observação espalhadas pelo
terreno e dos três helicópteros que sobrevoarão a região. No total, as
Forças Armadas trabalharão com doze helicópteros para fazer
reconhecimento aéreo e para transportar, em caso de necessidade, tropas
antiterror, pessoas feridas e suprimentos.
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sexta-feira, 12 de julho de 2013
Tropa de ocupação?
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