sábado, 20 de julho de 2013

Polícia da Bélgica (Leblon) e Polícia da Índia (Rocinha)

http://oglobo.globo.com/rio/parentes-de-pedreiro-que-desapareceu-na-rocinha-dizem-que-estao-sendo-ameacados-de-morte-por-policiais-de-upp-9087570


Parentes de pedreiro que desapareceu na Rocinha dizem que estão sendo ameaçados de morte por policiais de UPP

Extra
Sete parentes do pedreiro Amarildo de Souza, de 47 anos, desaparecido desde o último domingo, na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, se reúnem na tarde desta quinta com secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, com o delegado da 15ª DP (Gávea), Orlando Zaccone, e com o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj). Eles pedem providências sobre o caso. De acordo com a sobrinha do pedreiro, a estudente de Artes Cênicas Michelle Lacerda, de 26 anos, Amarildo havia voltado de uma pescaria e limpava os peixes na porta de casa quando foi chamado por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade para averiguação.
- Os PMs da UPP tentam criar uma fábrica de marginais na Rocinha. Torturam e revistam qualquer um, são truculentos - disse Michelle.
Filho de Amarildo, Anderson Gomes, de 21 anos, disse que a família está sendo ameaçada de morte por PMs:
- Tem um ‘bonde’ de uns 15 PMs que agem como xerifes da Rocinha, ameçando de morte e falando de qualquer jeitro com a gente.
O deputado Marcelo Freixo contou que a Comissão de Direitos Humanos acompanha o caso desde o dia do sumiço do pedreiro.
- Esse diálogo (com Beltrame) é importantíssimo e imprescindível. É um caso q precisa ser esclarecido logo - disse ele.
A reunião acontece, a portas fechadas, no prédio da Secretaria de Segurança, na Central do Brasil.
Moradores fizeram protesto
Na noite desta quarta-feira, um grupo de moradores da Rocinha fizeram uma manifestação em frente a um dos acessos à favela, na Autoestrada Lagoa-Barra, e fecharam parcialmente a via. Eles protestavam contra os policiais da UPP, a quem responsabilizam pelo desaparecimento de Amarildo.
Segundo a assessoria de imprensa do Comando de Polícia Pacificadora (CPP), Amarildo foi levado para a base da unidade da Rocinha no domingo de manhã, por se parecer com um suspeito procurado pelos policiais. Ao constatar que não se tratava da mesma pessoa, a polícia teria liberado Amarildo. O CPP não soube informar quem era o suposto suspeito e tampouco quanto tempo Amarildo ficou na base da UPP.

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