Exército vai isolar Palácio Guanabara na noite da recepção ao papa Francisco
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19 Jul 2013
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Secretaria de Grandes Eventos, responsável pela segurança da JMJ, avalia que a polícia está agindo corretamente e usando armas não letais de forma adequadaCecília Ritto e Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
O
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República está
analisando nesta quinta-feira como colocar em prática uma medida radical
para afastar as manifestações do papa Francisco na próxima
segunda-feira. O Palácio Guanabara, sede do governo do estado, onde será
realizada a cerimônia de boas-vindas ao pontífice, ficará isolado. No
local, estarão, além do papa, a presidente Dilma Rousseff, ministros,
convidados de honra e autoridades de várias esferas. Dessa forma os
manifestantes não conseguirão chegar até a frente do prédio, na Rua
Pinheiro Machado, onde já houve pelo menos três grandes embates entre
policiais e grupos de baderneiros.
Como
o evento terá a presença de Dilma, a coordenação ficará a cargo do
Exército. A segurança será feita por policiais, mas a orientação partirá
das Forças Armadas, que podem optar por alocar uma pequena tropa dentro
do Guanabara. Do lado de fora, durante toda a jornada, haverá 1.050
homens do Exército aquartelados. Esse contingente será acionado em caso
de a presidência avaliar que é preciso atuar de forma enérgica para
restabelecer a ordem. Para isso, é emitido um decreto de Garantia da Lei
e da Ordem.
Todos
os outros eventos, com exceção da vigília e da missa de encerramento em
Guaratiba, serão planejados e coordenados pela secretaria de Grandes
Eventos, do Ministério da Justiça. Caberá à secretaria dar a resposta às
manifestações que forem marcadas durante a JMJ. Segundo o diretor de
operações da secretaria, José Monteiro, a polícia adotará "medidas
usando a força necessária”.
Segundo
Monteiro, que chegou nesta quinta-feira ao Rio de Janeiro, as
manifestações serão permitidas, desde que não inviabilizem as reuniões
com a presença do papa marcadas anteriormente pela Igreja Católica. A
postura é diferente da do Exército que, em entrevista coletiva antes da
de Monteiro, também no Forte de Copacabana, disse, conforme antecipado
pelo site de VEJA, que não permitirá a entrada de grupos organizados e
nem de mascarados em Guaratiba.
“Enquanto
não houver imposição legal, não podemos restringir o direito de ir e
vir. Se não houver crime, não podemos barrar. Não é esse o objetivo”,
disse Monteiro, acrescentando que a polícia irá revistar pessoas
suspeitas, mas não vetar a participação de mascarados nos eventos.
O
diretor de operações da Secretaria de Grandes Eventos não detalha como
será a resposta da polícia em caso de manifestações com tumulto. “Os
policiais estão usando de modo adequado os equipamentos de segurança”,
disse Monteiro. A avaliação é de que o uso de armas não letais, como
bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha, tem
ocorrido de forma correta. Em Copacabana, nos atos centrais - como são
chamados os eventos com presença do papa - as forças de segurança
atuarão com 10.000 homens, entre polícias militar e civil, bombeiros,
Força Nacional de Segurança, Defesa Civil e agentes de trânsito.
Policiais descaracterizados circularão pela cidade para informar sobre
tumultos.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013
Governo sitiado
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