Forças Armadas terão poder de polícia no Centro e na Zona Sul
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27 Jul 2013
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Exército fará a segurança na rota da peregrinação. PM também vai atuarAntônio WerneckClaudio Motta
As
Forças Armadas vão atuar na segurança nos últimos dias da Jornada
Mundial da Juventude (JMJ). Os militares já estavam acionados para atuar
em Guaratiba e, agora, vão fazer a segurança do Centro e da Zona Sul.
Para isso, foi preciso editar novo decreto de Garantia da Lei e da Ordem
(GLO), com a assinatura do governador Sérgio Cabral e da presidente
Dilma Rousseff. A GLO dá plenos poderes às Forças Armadas, sob o comando
do Exército, para atuar com poder de polícia nessas áreas.
Serão
usados homens fardados e desarmados no policiamento da orla do Rio,
revelou ontem o Centro de Coordenação de Defesa de Aérea do Rio. Da
calçada até o mar, os militares não usarão sequer armas não letais. O
policiamento será feito a pé, por grupos de até oito homens. Na Avenida
Atlântica, apenas oficiais estão orientados a portar arma, mesmo assim
pistolas. No palco onde o Papa Francisco vai encerrar a Jornada, os
militares usarão ternos e também não estarão armados.
Ao
todo, a operação mobilizará 10,2 mil militares das Forças Armadas,
sendo cerca de 2,5 mil militares da Marinha, 7 mil do Exército e 700 da
Força Aérea. O Exército usará 11 helicópteros e 380 veículos.
As
polícias Militar e Civil não perdem a responsabilidade pelo
patrulhamento da cidade, nem mesmo nas regiões cobertas pelas Forças
Armadas. De acordo com Roberto Alzir, subsecretário Extraordinário de
Grandes Eventos da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio, o
contingente estadual continua mobilizado para a JMJ, com ênfase à
circulação dos peregrinos na Região Metropolitana, outros eventos do
Papa Francisco e os locais de interesse turístico. A PM, que mobiliza
1,5 mil homens por dia para a JMJ, poderá reduzir este efetivo para 300.
As
polícias não perdem o seu poder, mas trabalham sob coordenação das
Forças Armadas - explicou Alzir. - Já tínhamos a previsão de que sábado e
domingo ficariam sob responsabilidade das Forças Armadas, em virtude
até do esgotamento físico da PM, que enfrenta uma sobrecarga de serviço
muito grande. Seria um desperdício de dinheiro público se não
aproveitássemos esse apoio.
Homens da Força Nacional de Segurança também estão atuando na segurança da Jornada.
Logística mais simples em Copa
As
Forças Armadas trabalham com um orçamento de R$ 27,5 milhões, que não
mudará por conta da transferência da JMJ de Guaratiba para Copacabana.
Este valor já foi liberado e inclui o transporte do Papa para Aparecida,
a vinda e a volta dos papamóveis do Vaticano para o Brasil e até o
combustível dos deslocamentos de tropas.
-
Vai acontecer exatamente o que estava previsto para Guaratiba, mas em
Copacabana. Quando é decretada a GLO, a coordenação operacional passa
para o Ministério da Defesa - disse José Monteiro, diretor de operações
da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do
Ministério da Justiça. - Os primeiros compromissos do Papa Francisco, na
parte da manhã, ainda estão sob nossa responsabilidade. O mesmo
acontece toda vez em que ele estiver fora da área de Copacabana.
De
acordo com militares, a mudança para Copacabana traz vantagens
operacionais. Guaratiba era considerado um lugar de difícil acesso,
pouca infraestrutura e sofria com a lama no terreno. Além disso, as
Forças Armadas já contam com grande estrutura na Zona Sul e no Centro,
como fortes e quartéis. Por isso, o hospital de campanha montado na Zona
Oeste foi desmontado. Agora, o suporte médico à JMJ contará com
unidades como o Hospital Central do Exército, em Benfica.
O
Exército coordenará as ações no eixo de peregrinação, da Central do
Brasil até Copacabana, além da segurança do altar, na praia.
A
Marinha ficará responsável pela segurança marítima e fluvial na orla e
na Baía de Guanabara, incluindo as cabeceiras dos aeroportos Tom Jobim e
Santos Dumont. Um grupamento de Fuzileiros Navais reforçará as ações do
Exército em Copacabana e no eixo de peregrinação.
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sábado, 27 de julho de 2013
Poder de Polícia para as FFAA em área urbana
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