sexta-feira, 5 de julho de 2013

Os militares se vingam sem precisar dar golpes


Os militares de vingam sem precisar dar golpes
DO BLOG DE RENATO RIELLA

 É claro que as Forças Armadas do Brasil não vão aplicar aqui a fórmula do Egito, onde o presidente eleito foi deposto e substituído pelo presidente do Poder Judiciário. Mas é claro que, nas Forças Armadas, há profunda insatisfação com os abusos dos políticos. Por isso vazam para a imprensa as viagens suspeitas que os políticos fazem em aviões da gloriosa Força Aérea Brasileira.
Enquanto o governo não decide renovar os caças da FAB, numa discussão que veio do governo Lula e não termina nunca, gente aproveitadora e sem escrúpulo humilha militares da Aeronáutica, usando os jatinhos da FAB para mordomias indecentes.
Há revolta em muitas áreas das Forças Armadas contra o tratamento que os militares recebem de autoridades diversas – e isso um dia pode gerar conflitos.
Por enquanto, quem abusar vai se ver às voltas com divulgações horríveis, correndo o risco de sofrer apedrejamento nas passeatas.
A presidente Dilma Rousseff bem que podia fazer média com as ruas, anunciando tratamento rigoroso para o uso de aviões da FAB. Mas prefere fazer de conta que não leu nada sobre isso. Perde a oportunidade de recuperar alguns pontinhos nas pesquisas.



Só Forças Armadas acabam com impasse nas rodovias
O Judiciário pode convocar as Forças Armadas
CARLOS CHAGAS
 É função da Polícia Federal investigar crimes e  prender possíveis criminosos, com autorização judicial. Cabe-lhe, também, apurar responsabilidades nas lesões praticadas contra a lei. Faltam à instituição, porém,  condições materiais  para ocupar e desocupar rodovias, rebocar veículos que obstruem a circulação e promover o restabelecimento da ordem nos transportes.
Declarou  a presidente  Dilma que seu governo não ficará quieto diante de processos de interrupção do tráfego nas rodovias nacionais, sendo a ordem valor fundamental para o funcionamento das instituições. “Resolveu endurecer com os caminhoneiros”, ouve-se no palácio do  Planalto.
O problema é que por enquanto  a atitude da PResidente limitou-se  a determinar que a Polícia Federal investigue o bloqueio nas estradas, apurando se há locaute no movimento, ou seja, se são os empresários das empresas de transporte a  estimular as paralisações.
Enquanto isso,  começam a faltar gêneros de primeira necessidade em diversas regiões do país.  Combustível, também. Produtores e transportadores já  registram prejuízos pela deterioração de parte da carga a ser transportada ou  imobilizada nos caminhões. Mais dois ou três dias e o país estará  no portal do caos,  se permanecer a greve.
SÓ FORÇAS ARMADAS
Importa repetir o que vimos afirmando desde a deflagração do movimento: só as forças armadas poderão fazer refluir o impasse, pela ocupação e desocupação das rodovias. As Polícias Militares e a Polícia Rodoviária mostram-se insuficientes,  assim como ao Poder Judiciário não é dado fazer cumprir suas sentenças  obrigando  a volta ao trabalho dos grevistas. Muito menos surtem efeito as multas aplicadas às associações e empresas que regem a atividade transportadora.
Estamos num daqueles momentos em que o Estado   precisa lançar mão de suas prerrogativas  constitucionais, mesmo excepcionais.   Cabe às forças armadas garantir a ordem, mobilizadas por  um dos três poderes da União. Seria vexatório para a presidente Dilma caso essa iniciativa  viesse a ser  determinada pelo chefe do Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal.   Mas a possibilidade encontra-se em aberto, caso persista a inação do Executivo.

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