Os
militares de vingam sem precisar dar golpes
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DO BLOG DE RENATO RIELLA
É claro que as Forças Armadas do Brasil não vão aplicar aqui a
fórmula do Egito, onde o presidente eleito foi deposto e substituído pelo presidente
do Poder Judiciário. Mas é claro que, nas Forças Armadas, há profunda
insatisfação com os abusos dos políticos. Por isso vazam para a imprensa as
viagens suspeitas que os políticos fazem em aviões da gloriosa Força Aérea
Brasileira.
Enquanto o governo não decide renovar os caças da FAB, numa discussão
que veio do governo Lula e não termina nunca, gente aproveitadora e sem
escrúpulo humilha militares da Aeronáutica, usando os jatinhos da FAB para
mordomias indecentes.
Há revolta em muitas áreas das Forças Armadas contra o tratamento que
os militares recebem de autoridades diversas – e isso um dia pode gerar
conflitos.
Por enquanto, quem abusar vai se ver às voltas com divulgações
horríveis, correndo o risco de sofrer apedrejamento nas passeatas.
A presidente Dilma Rousseff bem que podia fazer média com as ruas, anunciando tratamento rigoroso para o uso de aviões da FAB. Mas prefere fazer de conta que não leu nada sobre isso. Perde a oportunidade de recuperar alguns pontinhos nas pesquisas. |
Só
Forças Armadas acabam com impasse nas rodovias
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O Judiciário pode convocar as Forças Armadas
CARLOS CHAGAS
É função da Polícia Federal investigar
crimes e prender possíveis criminosos,
com autorização judicial. Cabe-lhe, também, apurar responsabilidades nas
lesões praticadas contra a lei. Faltam à instituição, porém, condições materiais para ocupar e desocupar rodovias, rebocar
veículos que obstruem a circulação e promover o restabelecimento da ordem nos
transportes.
Declarou a
presidente Dilma que seu governo não
ficará quieto diante de processos de interrupção do tráfego nas rodovias
nacionais, sendo a ordem valor fundamental para o funcionamento das
instituições. “Resolveu endurecer com os caminhoneiros”, ouve-se no palácio
do Planalto.
O problema é que por enquanto a atitude da PResidente limitou-se a determinar que a Polícia Federal
investigue o bloqueio nas estradas, apurando se há locaute no movimento, ou
seja, se são os empresários das empresas de transporte a estimular as paralisações.
Enquanto isso,
começam a faltar gêneros de primeira necessidade em diversas regiões
do país. Combustível, também.
Produtores e transportadores já
registram prejuízos pela deterioração de parte da carga a ser
transportada ou imobilizada nos
caminhões. Mais dois ou três dias e o país estará no portal do caos, se permanecer a greve.
SÓ FORÇAS ARMADAS
Importa repetir o que vimos afirmando desde a
deflagração do movimento: só as forças armadas poderão fazer refluir o
impasse, pela ocupação e desocupação das rodovias. As Polícias Militares e a
Polícia Rodoviária mostram-se insuficientes,
assim como ao Poder Judiciário não é dado fazer cumprir suas
sentenças obrigando a volta ao trabalho dos grevistas. Muito
menos surtem efeito as multas aplicadas às associações e empresas que regem a
atividade transportadora.
Estamos num daqueles momentos em que o
Estado precisa lançar mão de suas
prerrogativas constitucionais, mesmo
excepcionais. Cabe às forças armadas
garantir a ordem, mobilizadas por um
dos três poderes da União. Seria vexatório para a presidente Dilma caso essa
iniciativa viesse a ser determinada pelo chefe do Judiciário, o
presidente do Supremo Tribunal Federal.
Mas a possibilidade encontra-se em aberto, caso persista a inação do
Executivo.
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