Folha de S. Paulo, 23 de maio de 2013.
Crise leva oficiais de MS a fazerem patrulhamento
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ALESSANDRO FIOCCO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A
crise no setor de segurança pública em Mato Grosso do Sul obrigou os
oficiais da Polícia Militar a assumir as funções de patrulhamento nas
ruas de Campo Grande e em cidades do interior.
Cabos e soldados da PM decidiram em assembleia permanecer dentro dos quartéis, em protesto por aumento salarial.
Por lei, PMs são proibidos de fazer greve.
A
categoria pede 25% de aumento imediato, enquanto o governo propõe 7%
agora, 8% daqui a 12 meses e 20% no final de 2014 para os soldados. Para
os cabos, a última parcela de reajuste seria de 14%.
Segundo
o subsecretário de Comunicação do Estado, Guilherme Filho, o governo
continua negociando com os policiais e o protesto dos cabos e soldados
não resultou em prejuízo à população.
Os oficiais, porém, tiveram de substituir os subordinados nas conduções dos carros da polícia e no trabalho de patrulhamento.
O efetivo da PM no Estado é de 5.000 policiais -- 2.200 em Campo Grande.
POLÍCIA CIVIL
O
aquartelamento dos PMs se soma à greve da Polícia Civil, que começou na
última sexta-feira. A categoria também quer reajuste imediato de 25%. O
governo oferece 7% agora, mais 8% daqui a 12 meses e 12% no final de
2014.
O
Tribunal de Justiça considerou o movimento ilegal e estipulou multa
diária de R$ 40 mil ao sindicato, mas os policiais civis continuam
parados.
Atualmente,
o salário inicial de um policial militar é de R$ 2.200,00 para soldado e
R$ 2.890,46 para cabo. Na civil, o inicial é de R$ 2.361,00.
A proposta de reajuste salarial enviada pelo governador André Puccinelli (PMDB) deve ser votada hoje na Assembleia.
O presidente da associação dos cabos e soldados da PM, Edmar Soares, disse que houve adesão massiva ao aquartelamento.
"Esperamos uma resposta positiva do governador, senão continuaremos como estamos." |
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