Força Sindical protesta contra suposta ação da Abin em Suape
Leia a nota completa:
A direção nacional da Força Sindical repudia com veemência a operação
denominada “Mosaico”, organizada pelo Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), órgão instalado dentro do Palácio do Planalto, e
executada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que tem claro
objetivo de intimidar e enquadrar o movimento sindical brasileiro. A
informação sobre a operação foi divulgada hoje por meios de comunicação
do País.
Não vamos nos calar diante desta nefasta tentativa de utilizar órgãos
de espionagem especializada, com viés autoritário, para controlar os
movimentos sociais. Vale ressaltar que estas entidades sindicais
desempenharam recentemente um importante papel dialogando
democraticamente em todas as instâncias de Poderes visando garantir
trabalho digno para os trabalhadores portuários.
É inadmissível que um governo oriundo de um partido que tem como berço o
movimento sindical faça uso de práticas conhecidas e utilizadas por
órgãos de repressão, fruto de governos que perseguem e não aceitam que
um dos pilares da democracia é o debate de idéias e o reconhecimento do
contraditório.
Transformar os críticos em adversários que devem ser perseguidos de
forma implacável e aniquilados politicamente é método típico de governos
autoritários, que têm ojeriza aos que discordam publicamente da
condução de determinadas políticas públicas.
A Força Sindical reitera que vai continuar seu processo de luta na
busca por uma sociedade mais justa, apontando e criticando os erros
governamentais – como é o caso da MP dos Portos (Medida Provisória 595) e
os equívocos na condução da política econômica – e apoiando quando as
ações forem corretas, caso da redução da taxa básica de juros.
Entendemos a preocupação do governo, que teve, a contragosto, de
aceitar modificações na MP dos Portos após intensa mobilização e unidade
sindical, mas transformar a Abin em um grande “Big Brother”
governamental para intimidar e controlar os movimentos sociais é algo
inaceitável em um governo democrático.
Paulo Pereira da Silva, Paulinho
presidente da Força Sindical
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