Exército é mais confiável que a família para 91% dos cuiabanos, diz pesquisa
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26 Abr 2013
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Instituto Vetor realizou pesquisa com chefes de família, em Cuiabá.Cerca de 90,8% dos entrevistados confiam na instituição família.Kelly Martins Do G1 MT
A
população cuiabana considera o Exército a instituição mais confiável da
cidade. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (25)
pelo projeto Nossa Casa, edição 2013 do Instituto de Pesquisas Vetor, a
qual entre 21 instituições listadas, o Exército ficou no topo do ranking
com 91,8%. Segundo os dados, que avaliam o grau de confiabilidade dos
chefes de família com as entidades de Cuiabá, 63,4% dos entrevistados
disseram confiar plenamente na instituição, já 28,4% afirmaram confiança
parcial e 5% deles não confiam.
“O
resultado pode estar ligado à influência da atual novela global Salve
Jorge, que tem fortalecido a imagem do Exército de forma positiva. O
crescimento da porcentagem nos anos foi alto e pode ser observada essa
interferência. Além disso, a proteção que é oferecida ao estado, como
região de fronteira, também pode ser considerada”, avalia a socióloga e
diretora do projeto de pesquisa, Miriam Braga.
Curiosamente,
o Exército, que na última pesquisa (2011) teve o grau de confiabilidade
em 87%, tomou o lugar primeiro lugar que antes pertencia ao Corpo de
Bombeiros, escolhido por 91,4% dos entrevistados e que, agora, está na
segunda posição. A instituição família ocupa a terceira posição no
ranking de confiabilidade: 90,8%. A pesquisa, que é realizada a cada
dois anos, desde 1999, foi feita entre o período de 11 a 18 de fevereiro
deste ano, com 505 chefes de família de Cuiabá. A maioria dos
entrevistados é do sexo feminino, de 20 a 39 anos, possui o ensino médio
completo e trabalha sem carteira assinada.
A
pesquisa realizada pela Vetor, intitulada “Nossa Casa 2013” é realizada
a cada dois anos e ouviu 500 chefes de família de Cuiabá, entre os dias
22 e 28 de março. A maioria dos entrevistados é do sexo feminino, de 20
a 39 anos, possui o ensino médio completo, são casados e trabalha sem
carteira assinada.
Abaixo
estão as escolas, universidades e instituições religiosas, com 90,4% e
89%, respectivamente. A última vem caindo de posição no decorrer dos
anos por conta de escândalos e envolvimento de líderes religiosos em
situações que podem levar ao descrédito da instituição, conforme
observação da socióloga. Enquanto no ano 2000, 70% dos entrevistados
confiavam totalmente na igreja, em 2013, o percentual caiu para 56,4%.
Conservadorismo
Os
chefes de família cuiabanos demonstraram ainda na pesquisa que estão
cada vez mais conservadores, quando se trata de assuntos polêmicos e que
podem comprometer a família. Questionados sobre o que é moralmente
aceitável ou não, por exemplo, 78,8% dos entrevistados consideraram a
infidelidade conjugal como não aceitável. Já 7,7% avaliam como
moralmente aceitável e 9,4% apontam que não se trata de uma questão
moral.
O
consumo de bebidas alcoólicas foi aceito por 35,4% deles ao passo que
42,2% afirmaram não ser moralmente aceitável. Para 45,2 dos chefes de
famílias, assumir o homossexualismo é considerado aceitável e para
outros 34,8%, não. Quando perguntado a opinião sobre diversos assuntos,
78,8% das pessoas avaliaram ser necessário acreditar em Deus para se ter
moral e bons valores. Apenas 9,4% deles disseram discordar.
“O
diagnóstico tem mostrado que o cuiabano está cada vez mais conservador
por conta da tradição cultural, religiosa, que mantém grande parte da
influência nas famílias”, pontuou Miriam Braga.
Casamento
Em
relação ao casamento, os dados apontam valores e princípios
diferenciados. Enquanto em 2003, os chefes de família consideravam que a
principal dificuldade para manter um casamento era financeira, em 2013
está respaldado na falta de tolerância e respeito, o que corresponde a
29,2% contra 26%. A falta de diálogo está na segunda posição (18,4%) e os problemas financeiros vêm como terceiro da lista: 14,4%.
A
maior preocupação dos chefes de família é manter as contas em dias
(38,8%). Também a influência das drogas na família ou o uso de
entorpecente por algum membro familiar (80,8%).
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
Cuiabá: Exército é mais confiável do que a família
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