MST bloqueará estradas para lembrar Carajás
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16 Abr 2013
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CNBB culpa governo por violência e adia documento sobre questão agráriaSÃO PAULO, Rio e Recife
O
coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, anunciou que as
rodovias próximas a acampamentos de sem-terra sofrerão amanhã uma
interrupção de 19 minutos, para lembrar os 19 mortos no massacre de
Eldorado dos Carajás e ainda pressionar o governo federal a acelerar a
reforma agrária. Para Stédile, o governo atual faz "a pior reforma
agrária desde o regime militar".
Em
Pernambuco, o Abril Vermelho começou com cinco ocupações em Pernambuco.
Cerca de 350 famílias ligadas ao MST invadiram propriedades no sertão,
no agreste e na zona da mata. Os sem-terra iniciaram as invasões no
domingo e prosseguiram ontem. O Incra em Recife não se pronunciou sobre
as ocupações.
Ao
participar da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) em Aparecida (SP), o presidente da Comissão Pastoral da
Terra (CPT), d. Enemésio Angelo Lazzaris, culpou diretamente o governo
federal pelo aumento no número de mortes no campo. Ao mesmo tempo, a
CNBB anunciou o adiamento da apresentação de um amplo documento sobre a
questão agrária no Brasil, que seria levado a plenário até a próxima
sexta-feira.
Segundo
a CPT, 36 pessoas foram assassinadas em 2012 - superando as 29 mortes
de 2011. Os dados estão num relatório da Comissão Pastoral da Terra
(CPT) a ser apresentado segunda-feira que vem em Brasília. Para d.
Enemésio, o aumento da violência se dá pela expansão do latifúndio e do
agronegócio.
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O pessoal vai precisando de terra e vai avançando. É uma ganância, um
modelo econômico que passa por cima de tudo e de todos - disse ao GLOBO,
acusando a bancada ruralista do Congresso, "que faz de tudo para
aprovar leis que facilitem o controle dos meios de produção". - E o
governo Dilma facilita esses empreendimentos. A ideia de um Brasil
grande, muito estimulada pelo Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), está levando a uma quase desconstrução dos direitos adquiridos
pelas comunidades rurais.
O
presidente da comissão, d. Guilherme Werlang, anunciou ontem que o
adiamento não tem nada a ver com as críticas da CPT. A expectativa é que
o novo documento seja votado na assembleia do ano que vem.
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terça-feira, 16 de abril de 2013
Faz o que quer
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