Veja 23 de outubro de 2013.
Trecho de entrevista com Francis Fukuyama
P- O senhor assim como outros autores, argumenta que países com grande desigualdade de renda e oportunidades são suscetíveis a retrocessos institucionais. É algo que pode ocorrer no Brasil, portanto?
R- Acredito existir uma vulnerabilidade. O Brasil acaba de sair de uma década positiva, com crescimento econômico, avanços sociais, redução da pobreza. Mas, se a China desacelerar, o boom das exportações de commmodities ficará para trás. A economia andará mais devagar. Isso traz consequências políticas. É difícil manter os eleitores felizes quando as coisas vão bem e a economia cresce rápido, mesmo em uma sociedade profundamente desigual. Fica mais difícil manter a coesão social quando a economia está estagnada. O Brasil estará vulnerável a retrocessos, caso volte a ter uma década de crescimento lento.
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