sábado, 12 de outubro de 2013

Aparelhamento da Receita Federal?

Rebelião agita Receita Federal
12 Out 2013


Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, interveio ontem na Receita Federal com o intuito de abafar uma rebelião contra o que fiscais e auditores consideraram como interferência política no órgão. A gota d"água foi o pacote de R$ 680 bilhões em renegociação de dívidas de devedores contumazes e de multinacionais com o Fisco.
Os funcionários da Receita alegam que as questões técnicas foram atropeladas pela interferência do Palácio do Planalto, para satisfazer aliados no Congresso, e pela necessidade do governo de reforçar o caixa em até R$ 12 bilhões, uma vez que a gastança desenfreada minou a capacidade do Tesouro Nacional de cumprir a meta de superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida).
O protesto dos servidores foi encabeçado pelos subsecretários de Arrecadação e Atendimento, Carlos Roberto Occaso, e de Tributação e Contencioso Substituto, Fernando Mombelli. Na quinta-feira, ao detalharem como seria o saldão de dívidas tributárias, eles interromperam, por diversas vezes, a entrevista para reforçar que o Fisco discordava dos métodos do governo. Sem constrangimento, assinalaram que o refinanciamento era uma decisão política. Inclusive, leram um texto com as mensagens contestando as decisões do governo.
Ontem, porém, enquadrados pelo secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, a mando de Mantega, Occaso e Mombelli recuaram e, por meio de nota, disseram rejeitar a tentativa de transformar as explicações sobre os parcelamentos especiais "em manifestações de suposto descontentamento, que, enfatizamos, não há". No fim do dia, foi a vez de o próprio Barreto divulgar um comunicado tentando conter a crise, agravada pela exoneração do subsecretário de Fiscalização da Secretaria da Receita Federal, Caio Marcos Cândido. Em mensagem aos colegas de trabalho, ele havia critic

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