Emendas da discórdia
| ||
Brasília-DFLuiz Carlos Azedo
O
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), e o líder da
bancada do PT, José Guimarães (CE), travam uma batalha surda e de
desfecho imprevisível. O peemedebista quer aprovar a toque de caixa o
Orçamento impositivo (PEC nº 565/2006), que obriga o governo a executar a
peça orçamentária tal como foi aprovada pelo Legislativo. É uma
promessa de campanha. A pedido do Palácio do Planalto, o líder do PT
resiste.
A
PEC está engavetada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é
controlada pelo PT, mas o presidente da Câmara quer que seja aprovada
com urgência. Foi pessoalmente à CCJ para pedir que o projeto entrasse
na pauta. Essa atitude foi considerada pelos petistas uma intromissão
indevida na autonomia da comissão.
Caso
venha a ser aprovada na CCJ, a PEC ainda terá que ser votada por uma
comissão especial antes de seguir para o plenário da Câmara. O PT alega
que a matéria fere o princípio da separação dos poderes porque proíbe o
contingenciamento de recursos orçamentários. Atualmente, a execução é
autorizativa, ou seja, o governo pode bloquear a liberação de parte dos
recursos do Orçamento da União. A execução orçamentária é prerrogativa
do Executivo.
|
sexta-feira, 29 de março de 2013
Orçamento: peça de ficção
Correio Braziliense, 29 de março de 2013.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário