O Globo, 03 de julho
de 2012.
Contra milícias, TRE do Rio pede
Exército
Áreas de
UPP podem ter tropas já na campanha; mais quatro estados pediram o mesmo ao TSE
Waleska Borges
Waleska Borges
As áreas
controladas por criminosos ou por milícias no estado do Rio, além dos locais
com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), poderão ter a presença do Exército
já durante o primeiro turno da campanha eleitoral. O pedido por tropas federais
foi feito pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Zveiter,
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE ).
Durante visita ao TRE do Rio, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, informou que cinco estados já pediram autorização para usar o Exército durante o processo eleitoral. Ela não revelou os TREs que pediram as tropas, mas adiantou que um deles foi o Rio. Segundo Cármen, os casos estão sendo estudados separadamente:
- Tivemos uma primeira reunião com as Forças Armadas. Vimos com bons olhos todas as demandas, no espírito de dar tranquilidade ao Judiciário. Todos os casos necessários, vamos atender - disse.
Ontem, Cármen se reuniu com 256 juízes e 249 chefes de cartórios eleitorais no Tribunal de Justiça do Rio. Segundo ela, as eleições para prefeito e vereadores devem movimentar cerca de 350 mil candidatos no país:
- Esta é uma eleição mais acalorada porque o eleitor se envolve muito mais. Os candidatos estão mais próximos dele. Ela é mais trabalhosa pelo número de candidatos. Há também mais impugnações e questionamentos. É uma eleição mais apaixonada. Quero que os juízes se sintam confortáveis e seguros - disse a ministra, que se reúne hoje com presidentes dos TREs dos 26 estados e do Distrito Federal.
Zveiter admitiu a preocupação com a pressão exercida por milicianos e criminosos sobre os eleitores em algumas localidades. Segundo o desembargador, as favelas pacificadas também precisam de apoio das forças militares para que não tenham sua segurança desguarnecida. Caso o TSE atenda ao pedido da presença do Exército nas eleições, disse Zveiter, será feito um mapeamento com os órgãos de inteligência das polícias Civil e Federal para se decidir que comunidades receberão a vigilância militar. Ele também citou a área do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, Rio das Ostras e Campos como municípios que devem precisar do apoio das Forças Armadas, segundo ele, por serem lugares com histórico de problemas nas eleições.
- Tem que ser um esforço comum. O Exército, estando junto com as polícias, vai trazer mais tranquilidade à população - disse.
De acordo com Zveiter, a intenção é que o Exército esteja nas ruas já na campanha. Em 2008, as eleições municipais também contaram com os militares federais no primeiro turno.
O desembargador também disse que o uso do celular será proibido durante a votação, como ocorreu em eleições anteriores. Mas, desta vez, o eleitor que descumprir a lei será preso. A medida é para evitar que milicianos e traficantes façam com que eleitores fotografem seus votos.
- A população que fica sob a influência negativa desses grupos de bandidos é obrigada a fotografar seu voto. Quando volta para a comunidade, é obrigada a demonstrar o que fizeram. Com isso, a população não poderá ser pressionada - explicou.
Durante visita ao TRE do Rio, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, informou que cinco estados já pediram autorização para usar o Exército durante o processo eleitoral. Ela não revelou os TREs que pediram as tropas, mas adiantou que um deles foi o Rio. Segundo Cármen, os casos estão sendo estudados separadamente:
- Tivemos uma primeira reunião com as Forças Armadas. Vimos com bons olhos todas as demandas, no espírito de dar tranquilidade ao Judiciário. Todos os casos necessários, vamos atender - disse.
Ontem, Cármen se reuniu com 256 juízes e 249 chefes de cartórios eleitorais no Tribunal de Justiça do Rio. Segundo ela, as eleições para prefeito e vereadores devem movimentar cerca de 350 mil candidatos no país:
- Esta é uma eleição mais acalorada porque o eleitor se envolve muito mais. Os candidatos estão mais próximos dele. Ela é mais trabalhosa pelo número de candidatos. Há também mais impugnações e questionamentos. É uma eleição mais apaixonada. Quero que os juízes se sintam confortáveis e seguros - disse a ministra, que se reúne hoje com presidentes dos TREs dos 26 estados e do Distrito Federal.
Zveiter admitiu a preocupação com a pressão exercida por milicianos e criminosos sobre os eleitores em algumas localidades. Segundo o desembargador, as favelas pacificadas também precisam de apoio das forças militares para que não tenham sua segurança desguarnecida. Caso o TSE atenda ao pedido da presença do Exército nas eleições, disse Zveiter, será feito um mapeamento com os órgãos de inteligência das polícias Civil e Federal para se decidir que comunidades receberão a vigilância militar. Ele também citou a área do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, Rio das Ostras e Campos como municípios que devem precisar do apoio das Forças Armadas, segundo ele, por serem lugares com histórico de problemas nas eleições.
- Tem que ser um esforço comum. O Exército, estando junto com as polícias, vai trazer mais tranquilidade à população - disse.
De acordo com Zveiter, a intenção é que o Exército esteja nas ruas já na campanha. Em 2008, as eleições municipais também contaram com os militares federais no primeiro turno.
O desembargador também disse que o uso do celular será proibido durante a votação, como ocorreu em eleições anteriores. Mas, desta vez, o eleitor que descumprir a lei será preso. A medida é para evitar que milicianos e traficantes façam com que eleitores fotografem seus votos.
- A população que fica sob a influência negativa desses grupos de bandidos é obrigada a fotografar seu voto. Quando volta para a comunidade, é obrigada a demonstrar o que fizeram. Com isso, a população não poderá ser pressionada - explicou.
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