O Estado de S. Paulo, 03 de janeiro de 2012.
Greve da PM leva Força Nacional às ruas da Bahia
Estado também pediu ajuda ao Exército, após relatos de tumulto por causa da paralização; comércio fechou mais cedo TIAGO DÉCIMO / SALVADOR
Estava prevista para ontem à noite a chegada a Salvador de 150 homens da Força Nacional - e de mais 500 nas próximas 48 horas. O governo da Bahia pediu também que o Exército reforce a segurança no Estado, por causa da paralisação parcial da Polícia Militar, iniciada na terça, por melhores salários.
De acordo com o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, dois terços do efetivo da PM no Estado trabalham normalmente, mas há relatos de paralisação das ações policiais, com consequências como vandalismo e arrastões, em algumas grandes cidades, como Ilhéus, no litoral sul do Estado, e Feira de Santana, segundo maior município baiano, a 110 quilômetros de Salvador. O comando da Polícia Militar informou ter enviado reforços para a segurança dos dois municípios.
'Nossa intenção é reforçar a sensação de segurança, uma vez que a PM está nas ruas e apenas uma minoria promove atos de vandalismo', afirma o secretário. 'A presidente (Dilma Rousseff), em entendimento com o governador, deixou claro que vão ser enviados quantos homens forem necessários para restabelecer a sensação de segurança. A Bahia será tratada como caso exemplar.'
Em Salvador, ameaças de arrastões levaram lojistas do centro da cidade a encerrar as atividades mais cedo. O trânsito em algumas das principais avenidas da capital baiana, como a Paralela - a mais movimentada de Salvador - e a Octávio Mangabeira, na orla da cidade, foi bloqueado, supostamente por policiais grevistas, à tarde, causando congestionamentos em vários pontos.
Tomada de ônibus coletivos.
Para realizar o bloqueio das vias, homens armados tomaram ônibus coletivos e os atravessaram nas pistas. Os cerca de 2 mil filiados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), do universo de 32 mil PMs e bombeiros da ativa no Estado, decidiram paralisar as atividades para cobrar do governo a incorporação de gratificações aos salários, além de regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente.
As outras associações de classe ainda não aderiram à paralisação. O Comando-Geral da PM diz não reconhecer a Aspra como entidade de classe.
Liminar. Na manhã de ontem, o juiz da 6.ª Vara da Fazenda Pública da Bahia, Ruy Eduardo Almeida Brito, acolheu requerimento do Estado e determinou que os
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