terça-feira, 9 de setembro de 2014

Silêncio total



Folha de S. Paulo, Painel, 9 de setembro de 2014
Militares da ditadura fazem pacto de silêncio na Comissão da Verdade
Por Painel
09/09/14 02:00
Silêncio fardado Militares acusados de cometer crimes na ditadura fecharam pacto para se manter calados nos depoimentos à Comissão da Verdade. A tática deve ser reprisada hoje pelo general José Antonio Nogueira Belham, que chefiava o DOI-Codi do Rio quando o ex-deputado Rubens Paiva foi morto sob tortura. O advogado Rodrigo Roca, que também defende oficiais ligados à Guerrilha do Araguaia e ao atentado do Riocentro, diz que a fase de colaborar acabou: “A orientação agora é silêncio total”.
Cadeia de comando O coordenador da Comissão da Verdade, Pedro Dallari, diz que o exemplo para o silêncio vem de cima. “O fato de as Forças Armadas se negarem a reconhecer as práticas de tortura e morte estimula os oficiais a não cooperar”.
Deixa pra lá A comissão preferiu não acionar a PF contra José Conegundes do Nascimento, que faltou à audiência de ontem. Há dúvidas sobre a sanidade do militar, que enviou resposta agressiva, com frases como “Se virem”.

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