De 1.500 a 3 mil soldados ficarão
de prontidão ao lado dos estádios para evitar protestos
Aurélio Gimenez
Rio - Uma força de contigência de 1.500 a 3 mil
soldados, de acordo com a cidade-sede, estará estrategicamente de prontidão
próximo aos estádios, pronta para entrar em ação em casos de distúrbios
provocados por manifestantes. A informação é do chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas, José Carlos de Nardi, que ontem apresentou o esquema de
segurança para a Copa do Mundo a um grupo de empresários na Federação da
Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
"Antes, no ano passado, quem imaginou que
fosse acontecer na Copa das Confederações o que aconteceu? Ninguém imaginava
essas manifestações. Imaginamos essa força de contingência por outros motivos.
Mas, agora não. Agora sabemos que poderão ocorrer movimentações de massa. As
tropas estão se preparando para o controle de distúrbios. A quantidade da tropa
depende da cidade, e ficará na espera de um pedido do governador. A Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) estará nos apoiando na atividade de
inteligência", explicou o general.
O chefe do Estado-Maior admitiu que este ano haverá
manifestações coordenadas por grupo, como os black blocs, mas, segundo ele,
"teremos uma polícia e um setor de segurança mais preparada para
atuar". Carlos de Nardi cobrou uma maior integração entre as forças de
segurança para evitar manifestações violentas.
O general contou que, no ano passado durante a Copa
das Confederações, alguns secretários estaduais de Segurança ficavam dentro dos
estádios vendo o jogo, achando tudo bonito, na maior tranquilidade. "Mas,
do lado de fora, a coisa pegando fogo", relatou, sem dizer a que estado se
referia.
Por isso, Carlos de Nardi quer a implantação do
Comitê Executivo de Segurança Pública Regional (Cevir), o que não ocorreu na
Copa das Confederações.
Localizado no Centro de Controle ou da prefeitura
ou da própria Segurança estadual, o Cevir será composto por três integrantes:
um coordenador de defesa de área, do Ministério da Defesa; o secretário
estadual de Segurança Pública e o superintendente da Polícia Federal,
representando o Ministério da Justiça. O comitê será responsável por orientar e
aconselhar o governador a pedir ou não a força federal.
"A coordenação tem que ser integrada. Os três
têm que ficar juntos, não vai ter Copa para eles. Nós estamos quase que
exigindo integração entre segurança pública e Forças Armadas. Não aconteceu
isso na Copa das Confederações, mas não podemos dar sopa ao azar",
declarou o chefe do Estado-maior das Forças Armadas.
Forças foram pegas
de surpresa
Chefe do Estado-Maior das Força Armadas, José
Carlos de Nardi contou que, na Copa das Confederações, as forças
estaduais de segurança foram pegas de surpresa pelas manifestações, a ponto de
não terem armamento não letal para conter os manifestantes.
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