http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/02/14/sem-onibus-florianopolis-suspende-aulas-da-rede-estadual.htm
Sem ônibus, Florianópolis
suspende aulas da rede estadual
Renan
Antunes de Oliveira
Do UOL, em Florianopolis
Do UOL, em Florianopolis
14/02/201321h18
14.fev.2013
- Paralisação de uma hora nos serviços de transporte coletivo causou
transtornos no Terminal de Integração do Centro (Ticen), em Florianópolis (SC).
Foi decidido em assembleia promovida por trabalhadores da categoria que, a
partir desta sexta-feira (15), os ônibus de Florianópolis circularão apenas das
7h às 19h, por causa da onda de violência que atinge o Estado. Diversos ônibus
foram incendiados durante os ataques Leia mais Jessé Giotti/Agencia RBS
O anúncio
de que o transporte público funcionará entre 7h às 19h, em Florianopolis, por
conta dos ataques a veículos pelo crime organizado, deixou quase 20 mil pessoas
sem transporte, no horário de pico --das 17h às 19h desta quinta-feira (14), no Ticen (Terminal
Integrado do Centro), de onde partem as linhas para os bairros da capital.
Sem ônibus, a Secretaria Estadual de Educação suspendeu as aulas noturnas da
rede estadual, que seriam iniciadas hoje.
Ao todo,
64 ônibus já foram atacados em todo Estado, nas duas ondas de violência --37
veículos neste ano, desde 30 de janeiro, e 27, entre 12 e 18 de novembro, na
primeira onda de ataques, que teriam ligação. A facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), que age
dentro e fora dos presídios de Santa Catarina, teria ordenado os ataques.
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Às 20h,
sob forte policiamento, os ônibus do Ticen foram aglutinados nas plataformas em
comboios para garantir escolta da PM aos bairros mais distantes, com saídas
apenas nas horas cheias. Segundo o administrador do Ticen, Moacir Santos,
"as pessoas saíram mais cedo do centro, prevendo a parada [dos
ôninus] às 19h. O sindicato [dos motoristas e cobradores] está aqui
retirando o pessoal dos carros". "Todas as escalas de transporte da
capital estão furadas, cada um se vira como pode", afirmou Santos.
Os
passageiros das linhas urbanas mais longas (media de 30 km), como Tapera e
Ingleses, reclamavam na compactação de horário. As saídas de 20 em 20 minutos
foram aglutinadas para sair às 19h, depois reacomodadas às 20h: "Estou com
esta criança no colo desde as seis da tarde e ainda não sei que horas vou
chegar em casa", reclamou a comerciária Irene Conceição Correia, 37, que
ia para Canasvieiras.
Segundo
da Secretaria Municipal de Transportes, que administra o Ticen, as 12
linhas urbanas transportam cerca de 50 mil pessoas ao dia.
Os ônibus
seletivos, conhecidos como amarelinhos, com passagens a R$ 6, circulam nas
áreas centrais da cidade, sem segurança.
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